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Bissexualidade no trabalho

Sair do armário nunca é um evento único na vida, afinal sempre que conhecemos uma nova pessoa ou grupo existe a fatídica dúvida das pessoas acerca da sua sexualidade e de si mesmo, se deve ou não se expor.


No ambiente de trabalho essa dúvida pode ser criada com base em consequências que muitas vezes amedrontam e nos travam.


Normalmente, o trabalho é o local onde passamos maior parte das nossas vidas, principalmente para quem é empregado no modelo mais comum de CLT. Pensando nisso, é evidente que sempre vamos buscar que esse local seja cheio de harmonia e paz, visto que só pela atividade laboral em si, essa “tranquilidade” já é abalada normalmente pelos estresses cotidianos.


Quando existem pessoas ainda com preconceitos escancarados (Se for seu chefe, pior ainda) contra uma parcela da população e você faz parte dessa população, esse ambiente se torna tóxico, principalmente se essa pessoa tende a expressar seus pensamentos indiscriminadamente, o que significa que vamos nos sentir mal durante quase metade do nosso dia por ter que conviver com esse tipo de gente.

Então o receio de se declarar monodissidente se torna característico de uma “estratégia de sobrevivência”, pois quanto mais distante você estiver desse tipo de assunto dentro desse ambiente, mais seguro você estará de toda essa toxicidade cotidiana.


Eu já passei por diversos momentos de decisão sobre me declarar bi no trabalho, e acho que é importante entendermos que cada experiência é única.


E com isso, fui desenvolvendo estratégias para tomar a decisão de maneira mais consciente possível.

Isso não é um wikihow de como vocês devem fazer as coisas, mas é o que tem funcionado pra mim.


  1. Sempre busco entender quem são as pessoas que trabalham comigo, com isso sei o que fazem, como pensam e como agem.

  2. Faço perguntas sobre temas relacionados, como notícias, para entender o pensamento da pessoa e talvez sugerir novas formas de pensar.

  3. Exponho a sexualidade de maneira natural, não crio um grande momento para dizer “sou bi”, conto de experiências com ex (mulheres) e com ex (homens), dai ou a pessoa subentende ou pergunta e isso não cria uma aura de ansiedade e tensão em ninguém.

  4. Conheça os LGBTs do trabalho e como eles se posicionam, para entender a receptividade do local.

  5. Quando o ambiente realmente não era propício a ser receptivo, procurei pessoas para serem pontos de apoio em que eu poderia confiar, sendo essas pessoas LGBT+ ou não. É sempre bom ter um escape de uma situação tóxica, se você não tiver outra opção.


E caso você já tenha feito passos parecidos com os citados acima e exista uma pessoa preconceituosa ou o ambiente não se demonstrar seguro o suficiente, não se sinta pressionade ou obrigade a se expor, nada vale a sua saúde mental e segurança.


Vale ressaltar que esse texto é o relato da minha experiência individual e que não reflete a realidade de todes.

Você já teve alguma experiência de se declarar Bi/pan/poli num local de trabalho? Conta aqui em baixo como foi!

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