
Setembro é o mês no qual falamos mais abertamente de um dos maiores tabus da sociedade: o suicídio. Durante trinta dias é possível notar que os feeds das redes sociais se tornam coloridos com tons de amarelo, com o objetivo de levar aos públicos informações e conscientização de que sim, o suicídio pode ser prevenido.
Setembro também é o mês da visibilidade bissexual. É quando temos mais espaço para falar de nossa existência, das lutas e dos muitos problemas que enfrentamos na sociedade durante todos os doze meses do ano. É uma importante abertura para levarmos informações sobre a importância do combate à bifobia. Porém sabemos que, tanto no caso das campanhas em tons de amarelo quanto nas campanhas em tons de rosa, roxo e azul, quando setembro acabar o suicídio voltará a ser um tabu e a bissexualidade ocupará pouco ou nenhum espaço nas discussões sociais: nossas vozes não são mais ouvidas, a bifobia volta a ser deslegitimada e nossas identidades, invalidadas.
Quando o assunto é saúde mental bi, precisamos considerar que enfrentamos muitos “duplos” na sociedade: a discriminação é decorrente de duas ideologias, o heterossexismo e monossexismo; somos discriminados tanto em espaços hetero quanto homo; e muitos de nós enfrentam o chamado “duplo armário”, em que precisamos sempre estar “saindo do armário” para nossos amigos e familiares justamente porque a invisibilidade e o apagamento bissexual nunca permite que nossa sexualidade seja lembrada e, às vezes, até mesmo considerada. Todo esse cenário é uma potencial fonte de estresse, ansiedade e conflitos.
Além de enfrentarmos todos esses duplos, também somos oprimidos, apagados e invalidados com frequência dentro dos próprios espaços LGBTQIA+, locais nos quais, em teoria, também deveriam simbolizar para nós a nossa casa, serem espaços de apoio, suporte, acolhimento e validação, mas que muitas vezes nos recebe com nada além de hostilidade.
A bifobia presente nestes espaços se torna um grave problema quando consideramos que o movimento LGBTQIA+ também serve como um fonte de informações para a saúde física, sexual e mental. Além disso, serve para proporcionar um sentimento de pertencimento e união das identidades dissidentes que é importante para a construção da identidade e auto aceitação. Penso que a discriminação e marginalização que vem de “casa” produz mais impacto do que quando vem de fora por dois motivos: primeiro, porque nos pega muitas vezes completamente desprevinidos, principalmente quando estamos começando a nos entender como bissexuais; e segundo porque é uma redução das nossas redes de apoio e dos locais em que podemos buscar acolhimento.
O desenvolvimento, criação e manutenção das redes de apoio é um grande fator de proteção relacionados à prevenção do suicídio. Os não acolhimentos acontecem com frequência quando tentamos falar e relatar a bifobia que enfrentamos, pois muitas vezes escutamos: “Bifobia não existe”, “Você não está sendo discriminado porque você não namora alguém do mesmo gênero”, “Ah, mas vocês têm privilégios, no máximo passam por uma meia discriminação”, “Você só está querendo chamar atenção” e muitas outras variações dos discursos que invalidam ou reduzem a bifobia. A bifobia também acontece quando tentamos falar de nossas vivências enquanto bissexuais e temos nossa sexualidade ou invalidada ou hipersexualizada.
As invalidações de nossas identidades enquanto bissexuais também são uma das formas com que a bifobia acontece. Toda invalidação carrega consigo discursos de que não existimos ou de que não deveríamos sentir orgulho de quem somos.
Outro problema é que, diante da falta de validação e espaço, raramente discutimos enquanto sociedade o que é a bifobia, e consequentemente, tendemos a não encará-la como um problema real que requer intervenção. Essa baixa discussão e visibilidade também torna difícil para nós reconhecermos como e quando ela acontece, mas em todo caso, quer ela seja percebida ou não, a sensação sempre se faz presente mesmo que não possamos dar nome à ela.
Nesse sentido, falar de bifobia é uma tentativa de chamar atenção para um problema grave que tem afetado a saúde e a vida de muitos bissexuais que sofrem com as invalidações, xingamentos, estereótipos e discriminações sociais.
As campanhas do Setembro Amarelo são extremamente importantes para a prevenção do suicídio, pois falar abertamente e com cuidado sobre o suicídio é um dos mais importantes atos que podemos fazer para previni-lo. O problema é, na verdade, quando paramos de falar sobre ele.
Setembro é um mês importante para nós. As campanhas de prevenção do suicídio são extremamente importantes, só não podemos esquecer que, para além delas, precisamos da criação, desenvolvimento, manutenção e reforça de políticas públicas, pois falar de suicídio é falar de saúde mental. E falar de saúde mental também é falar sobre redes de apoio, de suporte emocional e prático, portanto, é falar da bifobia que enfrentamos na sociedade.
As campanhas de prevenção do suicídio também precisam incluir formas de combater à bifobia como uma pauta urgente, levando informações e conscientização sobre seus impactos e consequência para a saúde mental de bissexuais. Por fim, precisamos lembrar que Setembro não é só amarelo, ele também precisa ter tons de rosa, roxo e azul.
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