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Movimento bissexual luta contra estereótipos e demanda visibilidade ao redor do mundo

Tradução de um artigo originalmente publicado por Helen Marshall no Washington Blade.


Sally Goldner na Parada do Orgulho LGBT de 2015 em Melbourne, Austrália. Goldner é uma das pessoas ao redor do mundo que continuam a lutar contra estereótipos sobre bissexualidade. (Foto por Steve Anderssen)


Essa é a primeira parte de uma série de dois artigos sobre o movimento bissexual global.


Ninguém nunca quer documentar histórias bissexuais.


Todos os ativistas bissexuais ao redor do mundo com os quais o Washington Blade falou recentemente compartilharam esse sentimento. Eles também disseram nas entrevistas que buscavam maneiras de compartilhar seu trabalho.


“Nós sentimos essa raiva e ignorância sobre orientação sexual e não-monossexualidade”, disse Soudeh Rad, ativista bissexual da França. Rad é uma das fundadoras do dojensgara.org, um canal sobre bissexualidade para falantes da língua farsi no mundo inteiro.


“Eu fiz uma entrevista com uma ativista iraniana uma vez”, continuou Rad, “e ela disse: ‘Por favor, não me chame de ativista LGBT. Eu sou uma ativista LGT. Eu não defendo pessoas que não se decidem’.”


Pessoas bissexuais são denominadas a “maioria invisível” da comunidade LGBT em um estudo levantado em 2016 pelo Movement Advancement Project, uma organização focada em pesquisa sobre pessoas LGBTs do Colorado.


O relatório destaca disparidades surpreendentes nas experiências de pessoas bissexuais em todo os Estados Unidos, mas os defensores afirmam que essas descobertas são importantes para todo o movimento bissexual ao redor do mundo.


“Os bissexuais compõem a maioria da comunidade LGBT, e por isso precisamos de apoio”, disse Werner Pieterse, um ativista bisexual da África do Sul. “Precisamos que as pessoas promovam a bissexualidade, se posso dizer assim.”


Estudos nos Estados Unidos mostram que a população bissexual compõe cerca de metade da comunidade LGBT, mas os defensores dizem que muitas pessoas em suas comunidades têm medo de se assumirem como bissexuais, muitas vezes presas nas lacunas entre homossexuais e heterossexuais.


“Quando a gente cresce, essas são as únicas opções”, disse Misty Farquhar, candidata a doutoranda e ativista bissexual com sede em Perth, na Austrália. “Não havia espaço na linguagem para mais nada.”


A definição de bissexualidade da ativista americana Robyn Ochs tem sido utilizada pelas pessoas ao redor do mundo para combater esse estigma.


“Eu me considero bissexual porque reconheço em mim o potencial de me atrair — romântica e/ou sexualmente — por pessoas de mais de um sexo e/ou gênero, não necessariamente ao mesmo tempo, não necessariamente da mesma forma, e não necessariamente na mesma intensidade”, ela diz.


Embora as experiências desses ativistas sejam muitas vezes diferentes, a base do seu trabalho é a mesma: aumentar a visibilidade da comunidade para que as necessidades únicas das pessoas bissexuais possam ser abordadas.


“Eu quero contar minha história porque em todas as narrativas você tem a ideia de como a bissexualidade não tem barreiras”, disse Radica Hura, uma ativista bissexual da Sérvia. “A bissexualidade não é uma coisa ou um projeto. As pessoas estão aí, e elas existem e vivem suas vidas comuns no dia-a-dia.”


“Pessoas bissexuais não são exóticas”, adicionou Hura. “Elas não têm chifres. Nossa bissexualidade é apenas uma parte da nossa identidade.”

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